Santos se une a protestos contra PEC da Blindagem e projeto de anistia

No último domingo (21), Santos, no litoral paulista, tornou-se palco de uma grande manifestação contrária à PEC da Blindagem e à proposta de anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 2022.

A mobilização reuniu milhares de pessoas na avenida Ana Costa, no bairro Gonzaga, e se estendeu por cerca de três horas. A concentração começou às 16h, na Estação da Cidadania, onde lideranças sindicais, sociais e políticas fizeram discursos. Após quase duas horas, os participantes marcharam em direção à Praça da Independência, encerrando a caminhada pouco depois das 19h.

“Foi um momento histórico, pois conseguimos devolver às ruas a energia do povo trabalhador desde os protestos contra Bolsonaro e no período da pandemia. O êxito deste ato se explica tanto pela pauta, que mobiliza o país inteiro, quanto pela organização coletiva dos movimentos progressistas, que souberam atuar em unidade para defender um objetivo comum”, afirmou Matheus Café, presidente do Centro de Estudantes de Santos e Região (CES), entidade que organizou a manifestação em parceria com a Concidadania-Santos para o site 247.

O evento contou com a participação de partidos políticos e movimentos sociais, entre eles PCdoB, PCB, PCBR, PT, PSOL, REDE, UNE, UEE-SP, UBES, coletivos feministas, sindicatos, MTST, MST e CMP, além de outras entidades.

Durante os pronunciamentos, além da crítica à PEC da Blindagem e ao projeto de anistia, houve manifestações de apoio ao povo palestino, defesa da proposta federal de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil, críticas ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e apoio à candidatura de Lula (PT) à reeleição em 2026.

“Se ficarmos apenas nas redes sociais, o Congresso continuará agindo da mesma forma. É preciso ampliar a mobilização popular. A história se faz com o povo nas ruas”, declarou o vereador Chico Nogueira (PT). Seu colega de partido, Dr. Caseiro, complementou: “Estou feliz e emocionado em ver esta grande mobilização. Aqui não há espaço para bandeiras estrangeiras. Não à anistia. Cadeia para os que atentaram contra a democracia, cadeia para Bolsonaro”.

A vereadora Débora Camilo (PSOL), mais votada da cidade em 2024, também ressaltou a força do ato. “Muitos acreditam que esta cidade está entregue a forças conservadoras, mas mostramos que o campo progressista tem voz. No próximo ano, também precisaremos responder nas urnas. Será uma missão política e transformadora”, afirmou.

Com a presença maciça de moradores de Santos e militantes vindos de cidades vizinhas como Guarujá, São Vicente, Praia Grande, Cubatão, Bertioga e Peruíbe, a mobilização superou as expectativas.

Entre os coletivos e entidades presentes estavam: Centro de Estudantes de Santos e Região (CES), Concidadania, UJS, RUA, PCBR, PT, PCB, UJC, PCdoB, PSOL, UNE, UEE-SP, MST, MTST, REDE, Secretaria Nacional de Mulheres do PT, sindicatos, centrais sindicais, coletivos feministas e movimentos populares como a CMP, a Ubes, a Intersindical e a FNP, entre outros.

Publicidade

Publicidade