Fundo Amazônia direciona R$ 96,6 milhões para fortalecer cadeias produtivas da floresta
Os sistemas produtivos baseados em espécies tradicionais da Amazônia, como o cupuaçu, o açaí e o pirarucu, receberão um novo impulso financeiro. O Programa Florestas e Comunidades: Amazônia Viva, apresentado nesta terça-feira (09), em Brasília, garantirá investimentos de R$ 96,6 milhões para ampliar a atuação dessas cadeias no mercado.
A iniciativa é coordenada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e reúne aportes do Fundo Amazônia, além da participação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).
Com previsão de execução ao longo dos próximos dois anos, o programa pretende aumentar a circulação dos produtos florestais no comércio, estimular sua incorporação na alimentação escolar por meio do Pnae e ampliar a oferta de alimentos de origem da sociobiodiversidade e da agricultura familiar ao PAA.
Durante o lançamento, o presidente da Conab, João Edegar Pretto, ressaltou que a proposta busca fortalecer a presença dos povos da floresta na economia nacional. Para ele, os produtos da sociobiodiversidade merecem ocupar espaço equivalente ao de outras cadeias já consolidadas.
Ao todo, 32 projetos apresentados por cooperativas e associações da Amazônia Legal serão atendidos. As propostas deverão reunir produtores que atuam com silvicultura, aquicultura, extrativismo, pesca artesanal, além de povos indígenas e comunidades quilombolas.
Cada iniciativa poderá receber até R$ 2,5 milhões voltados à aquisição de equipamentos e à instalação de estruturas que permitam ampliar a produção e facilitar o escoamento dos alimentos e insumos da floresta.
A gestão do Fundo Amazônia é realizada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A diretora socioambiental da instituição, Tereza Campello, destacou que o investimento resulta de um amplo trabalho de reorganização do fundo e do avanço no combate ao desmatamento, permitindo uma carteira de aplicação prevista em R$ 2,2 bilhões para 2025.
Ela observou ainda que o repasse destinado à Conab representa um passo importante para aproximar os recursos das comunidades amazônicas e para estruturar uma plataforma que sistematize, de maneira profissional, informações sobre a sociobiodiversidade da região.
Imagem: Conab


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